Violins – A Redenção dos Corpos (2008)

junho 22, 2008 at 12:19 pm (Música Brasileira, Violins)

 

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O bem e o mal são uma dualidade presente há muito nos discos da Violins, assim como o som um tanto melancólico. Mas a banda goiana de rock incutiu um elemento novo em forma e conteúdo em A Redenção dos Corpos (Monstro Discos), quinto CD que o quarteto exibe hoje em show no Bolshoi Pub. O CD será levado ao palco na íntegra pela primeira vez, mas já ganhou de forma inédita no cenário roqueiro do Estado um lançamento oficial no portal MySpace, a principal vitrine musical da internet.

O novo álbum da Violins traz novidades em forma porque, numa das duas partes, o repertório é permeado por programações eletrônicas viajantes, na escola batizada de trip hop, de bandas como Portishead e Massive Attack. E o conteúdo de mal-querências da humanidade que o grupo sempre cantou tem agora uma temática espiritual, religiosa mesmo, mas com alta carga de questionamentos. Dúvidas, no dizer de Beto Cupertino, guitarrista, cantor e letrista da banda. “Sempre achei estranha essa coisa de existir muitas religiões, muitas igrejas e a mediação delas entre a fé e os homens. Há algo errado quando se tem tantas verdades em nome de uma coisa só, mas não nego a existência e até a necessidade de espiritualidade das pessoas”, comentou o músico, que tem especialização em Filosofia.

A maioria das 14 novas faixas trata da relação homem e fé, mas nunca por um prisma contemplativo. Os títulos sugerem que tipo de versos “religiosos” Beto Cupertino canta em duas partes sonoras distintas no álbum: A Guerra Santa, Entre o Céu e o Inferno, Padre Pedófilo, Longo Karma. Até a sétima faixa do disco (Manobrista de Homens, de um refrão curto e poderoso), a Violins mostra um som que, segundo Beto Cupertino, foi pensado inicialmente para ser feito apenas de violão e voz.

São músicas sem guitarra distorcida, de melodia conduzida por um violão acústico (de Cupertino) ou por um piano inspirado de Pedro Saddi (condutor também das belas ambientações programadas). A cozinha entrosada de Thiago Ricco (baixo) e Pierre Alcanfor (bateria) completam um conjunto que exibe a Violins em sua melhor forma e com o disco mais bem resolvido da carreira. Na segunda parte do CD está a parte banda do repertório, com todos interagindo juntos e retomando a levada emulada do rock inglês que faz a fama do quarteto. Na produção, voltaram a contar com Gustavo Vazquez.

Beto Cupertino diz que não foi pensando no episódio Radiohead (que propôs aos fãs a compra de seu último CD pela net), mas, antes de receber o convite de Luiz Cesar Pimentel (editor do MySpace Brasil), a Violins já tinha disponibilizado todo o disco em seu site para os fãs. A estratégia foi colocar uma faixa a cada 24 horas para download gratuito durante duas semanas de fevereiro. Ela acha A Rendenção dos Corpos o disco melhor divulgado da discografia por ora.

Edson Wander

Confira: http://www.mandamais.com.br/download/?codigo=kuoi2342008175222

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Cotidiano

junho 16, 2008 at 4:16 pm (Música Brasileira)

Este blog está devagar, quase parando?????? É quase verdade. Ele caminha na medida das possibilidades oferecidas pelo cotidiano atropelante de quem se meteu com o que não devia e não tem jeito de fugir às exigências das consequências de seus atos. A vida é isso mesmo. Diferente disto, só se eu postasse aqui meus trabalhos da universidade, o que não seria má idéia, pois só assim pra alguém ler os meus argumentos e subterfúgios. Se é que alguém iria perder seu tempo. Pois não se pode levar a sério nada que provenha de uma universidade. É proíbido falar a sério na universidades, sobretudo sobre os mais sérios temas. Enfim… postarei o mais recente album desta incrível banda, Violins. O nome do album é A Redenção dos Corpos, e teria sido dos Porcos. E eu que sempre gostei desse anagrama.

 

 

 

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